16/07/2010

Hiroshima! Dizer muito em poucas palavras

Hoje, fui conferir mais um filme do 5º Festival de Cinema Latino Americano, até agora assisti uns filmes bons outros nem tanto, mas o de hoje superou com certeza.
Hiroshima, do diretor urugaio Pablo Stoll a primeira vista parece um filme sobre um cara que vive uma vida deprimente.

Mas de deprimente não tem nada. Já gostei do filme no momento em que Juan, personagem vivido pelo irmão do diretor, chega em sua casa, sem se comunicar com ninguém de sua família ele espera até que todos se recolham para só então entrar na casa e ir para o seu quarto. E assim é o filme, diz tudo sem dizer muitas palavras, literalmente. As palavras não são ditas durante o filme e sim representadas por sinais e legendas. Enquanto Dogville chama a atenção pela falta de cenário e as casas não tem paredes, Hiroshima, chama a atenção pela simplicidade dos diálogos, ou total falta deles e a comparação entre os dois filmes para por aí.
O filme me encantou justamente por esse desprendimento do personagem principal com as palavras, falar pra que??? Juan, toca em uma banda de rock, trabalha numa padaria durante a noite, some durante o dia, tem uma namorada, uma bicicleta e sua família escreve suas obrigações domésticas em um quadro branco. Quem não queria uma mãe que ao invés de ficar gritando... "faça isso, faça aquilo..." não escrevesse tudo em um quadro...rs.

Bom é isso, no mais tem que assistir.
Sinopse - Um musical mudo, baseado em fatos reais. Juan canta em uma banda de rock, mas não fala muito. Juan trabalha à noite em uma padaria, mas durante o dia desaparece. Esta é história desses dias, a história do que acontece quando se acorda.
Uruguai, Espanha, Colômbia, Argentina 80 mim 2009


Nenhum comentário: