26/06/2012

A gente se vê por aí!

Escrevi esse texto em outro blog, em novembro de 2006, quase um mês antes de arrumar as malas e colocar o pé na estrada, lembro bem que na época eu tinha acabado de ler o On the Road ...(2x). Não posso dizer que ler o livro foi determinante para a minha partida ... mas foi quase... a verdade é que eu estava mesmo de saco cheio ... e de verdade, depois de toda vivência ... tantas pessoas no meu caminho... as vezes ainda fico muito de saco cheio .... eu diria que estou de saco cheio agora...


Boa leitura amigos, a gente se vê por aí....rsrsrs

Curitiba 10/11/2006

Hoje comecei arrumar minhas coisas pra viajar, ir embora. Não arrumei as coisas que irei levar, mas aquelas que deixarei em casa, dentro de caixas. Guardei fotos, cartões de natal, muitas cartas que recebi de antigos amigos ao longo desses 11 anos que moro em Curitiba. Guardei meus cardápios roubados, minhas canequinhas igualmente roubadas, estas porém honestamente, no bar do Alemão. Tentei guardar a tristeza inevitável de "ter que ir embora". E sinceramente espero que meu irmão não chegue em casa nesse momento porque essa tristeza teimosa não quis ficar dentro da caixa. Por mais que seja gostoso pensar que vou conhecer outros lugares, outras pessoas e outras culturas, é muito triste pensar nos motivos que me fazem sair daqui e eu sei bem quais são. Eu poderia simplesmente sair por aí, viajar com data para voltar, mas não posso e não quero. Quero me dar a chance de viver longe de coisas que me fazem chorar antes de dormir, porque hoje essa distância é pequena demais. Quero cair na real do outro lado do país e me dar a chance do novo, da novidade, do futuro. Quero ser mais feliz, porque não estou satisfeita. Quero ficar longe de todos, quero descobrir quem sou, sem me iludir achando que tudo e todos são maravilhosos, porque não são não. Não quero pensar que tudo poderia ter sido diferente se eu ficasse por aqui ou por ali, porque é isso que nos envelhece, é isso que nos mata, essa ilusão de que tudo pode ser diferente. Nada pode ser diferente se ficarmos esperando que assim seja. A vida só é diferente quando agimos diferente, quando olhamos lá longe. E é isso que estou fazendo agora, estou olhando lá longe, do outro lado, porque cansei de olhar para trás. Olhar para trás me mata, eu penso em pessoas, eu penso nas chances que tive e desperdicei, eu penso em tudo que poderia ter sido diferente se eu não tivesse esperado o que poderia ser meu. Não somos donos de nada além do nosso destino, então como algo poderia ser meu? Como pude esperar pelo "meu dia mais feliz", pelo "meu presente mais desejado", pelo "abraço mais gostoso", pela "visita que nunca apareceu", "por você, que nunca me esperou". É isso, cansei de esperar sentada e sinceramente, tudo que esperei até agora não me interessa mais, que fiquem onde estão, o abraço, você, a visita, as palavras de carinho, porque essas iriam soar falso agora.
Preciso ir embora agora, é meio clichê citar a música, mas eu vou antes que seja tarde, porque eu não quero me sentir igual a qualquer um e nem mais uma idiota no final. Vai ser difícil viver longe dos amigos, do Robinho e do Tevinhos, dos momentos "pérola" da minha família, dos cachorros chatos da minha rua, da demora do Londrina, dos jogos na Baixada e mesmo aqueles no Colto para secar o Coritiba, vou sentir saudades da idiota que liga aqui para falar com o Le e desliga o telefone na minha cara, vou até sentir falta dos amigos toscos do meu irmão, inclusive daquele que ligava de madrugada tentando me assustar dizendo que era um fantasma (ha ha ha). Vou sentir falta de pegar um ônibus e ir para São Paulo passar um final de semana lesado e insano. Ou de matar serviço e ficar uma tarde lendo um livro qualquer no Parque Bariguí. Vou sentir falta do meu irmão dizendo a cada 2 minutos "como vocé paia", pior... vou sentir falta da minha mãe ligando bem na hora que to dormindo pra contar alguma besteira que ela viu na TV. Vou querer muitas vezes ligar para o Doré e propor uma "caminhada básica de 30 km na Graciosa". Mas vou estar longe demais pra fazer isso e então nesse momento, no momento que eu sentir falta de todas essas coisas é que vou saber exatamente quão forte foram os motivos que me fizeram ir embora.
E vamos que vamos, vivendo um dia de cada vez.

13/06/2012

Da Minha Aldeia

Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.

Alberto Caeiro, em "O Guardador
de Rebanhos"
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12/06/2012

O PODER DO DAIMOKU NO UNIVERSO

Por que fazemos Gongyo e Daimoku? 
Imaginando-se um motor, grande ou pequeno, nos movimentamos no universo de acordo  com o nosso motor. A potência é definida pelo nosso Daimoku.
O Gohonzon (objeto de devoção / oratório) é a máquina de produzir felicidade e para isso é necessário fazer o Daimoku com sinceridade, honestidade e seriedade. Budismo é Fé, Prática e Estudo..., ou seja, prática que é igual à ação/agir.

O que é Chakubuku?

É o nome dado à pessoa quando apresentamos o budismo.

O que significa?

CHAKU é tirar o sofrimento.

BUKU é levar e oferecer alegria e o benefício.

Por que fazemos como budistas,  Chakubuku?

Budismo é pessoa à pessoa, de coração à coração. Esse é o propósito humanístico de

divulgar através do diálogo, que cada pessoa faz parte do Universo, mas cada um tem o seu

carma, sua Revolução Humana, que é a sua transformação. Se não houvesse como amenizar

o efeito cármico como haveria esperança?

Cada pessoa tem o seu carma (saúde, familiar, financeiro, trabalho, relacionamento...) para

ser transformado através de sua Revolução Humana. Seus pensamentos, palavras e ações é

que definem o seu carma. Se você faz uma causa positiva, o efeito é positivo. Se você faz

uma causa negativa o efeito é negativo. A Lei de causa e efeito é para todas as pessoas.

No budismo aprendemos que devemos fazer o KOSSEN-RUFU (Paz Mundial), através do

Chakubuku, para que todos, sem exceção, sejam felizes. É uma maneira desprendida de

amenizar o efeito cármico negativo e acumular Boa Sorte.

No momento em que você recita o NAM MYOHO RENGUE KYO, diante do Gohonzon, todo o

universo se revela a sua frente para sob, o seu comando, liderar milhões de BUDAS para a

sua revolução humana. Os resultados são o reflexo de sua fé, a sua verdade. O poder do

Gohonzon está além da compreensão de nossas mentes, por isso o consideramos místico.

O Gohonzon, pergaminho a que chamamos de Gohonzo (Objeto de devoção) em nosso

oratório, está escrito - NAM MYOHO RENGUE KYO. Quando oramos, evidenciamos o NAM

MYOHO RENGUE KYO que está dentro de nós, que é a Lei do Universo. Portanto somos o

NAM MYOHO RENGUE KYO, porque fazemos parte do universo e podemos dizer que o nosso

nome é NAM MYOHO RENGUE KYO + (seu nome).

O presidente Jossei Toda o 2º presidente da SGI (Soka Gakai = Criação de Valores), se viu

na prisão como um grão de areia. Descobriu que somos pequenos neste vasto universo, mas

que somos parte do todo. Através de sua prática, ele jurou extinguir a miséria da face da

terra, realizando o Chakubuku para a Paz Mundial (Kossen-Rufu).

Todo ser humano tem consigo desejos fisiológicos. É normal, por buscar a prosperidade e a

sobrevivência, (Egoismo-Poder-Medo-Fuga-Alimentação-Escapismo...). Todos os seres

humanos possuem o potencial do Estado de Buda. Portanto todos podem alcançá-lo a partir

da condição que se encontrem neste momento. Até nas células de nosso corpo possuímos o

Estado de Buda, e quando se manifesta alguma doença em nosso físico, através do Daimoku

transformamos essa condição de vida.

A nossa felicidade é a felicidade dos outros. Ver a nós próprios nos outros e sentirmos uma

unicidade interior de união com eles, representa uma revolução fundamental na maneira de

como vemos e vivemos nossa vida. Portanto, discriminar as outras pessoas é o mesmo que

discriminar a nós mesmos. Quando magoamos os outros, magoamos a nós próprios. Afinal,

ninguém consegue ser feliz sozinho.

Quando existe conflito em nossa vida é por que não estamos nos preocupando com os

outros, "só conosco".

Quando realizo o Gongyo estou realizando a Cerimônia do Ar, que no budismo foi realizada

no período de vida de Sakyamuni. Através do Gongyo e do Daimoku evidencio esta

cerimônia (juramento) todos os dias. Não há passado, não há futuro, só o presente. A

eternidade é só um ponto. Passado são lembranças e Futuro não existe neste momento, só

objetivos. O Presente é que vai determinar o futuro, nós é que fazemos através de nossas

escolhas.

Mudar o significado do passsado para não ter um buraco no presente (mágoas), é uma

maneira correta de entender que o passado não existe mais, mas só termos lembranças

como momentos já vividos que não voltam, é correto.

Preencha este buraco como aprendizado (criar condições). Exemplo: “Se não fosse a

experiência tal, eu não teria percebido e/ou progredido“. Daí o significado da vida.

“Todo pecado será perdoado“.

Desde que você tenha fé, e a sua oração seja sincera, do coração, todo pecado será

perdoado.

“Todos os Deuses Budistas a meu favor, orando para transformar o efeito cármico“.

Quando oramos, todo o universo se revela, e sob o nosso comando nos auxiliam para

transformar o efeito cármico, para a nossa Revolução Humana.

“A missão de transformar a vida de todas as pessoas“.

Os Deuses Budistas tem a missão de transformar a vida de todas as pessoas, mas o espírito

de procura e o comprometimento de realizar o Kossen-Rufu depende de cada um.

Autor:  desconhecido, mas iluminado!